Isopor é inflamável? É seguro usar na construção?

Em Construir e reformar por André M. Coelho

O poliestireno expandido, popularmente conhecido como isopor, tem sido muito usado em construções como forma de preencher espaços com pouco peso e com uma estrutura segura. Porém, surgem várias dúvidas sobre a resistência do isopor quanto ao calor e às chamas, principalmente quando estamos falando de ambientes que podem facilmente propagar incêndios.

Por que usar isopor na construção?

Devido às suas propriedades isolantes superiores, a espuma de poliestireno expandido, muitas vezes referida como seu nome comercial de isopor, é um popular produto de construção “eficiente”. É usado como isolamento em muitas formas diferentes. Em seus usos na construção civil, o isopor tem destaque por alguns motivos principais.

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Ele tem fortes propriedades isolantes, tanto em questões térmicas quanto em questões acústicas.

É de fácil obtenção, além de ser barato. Em algumas regiões do Brasil, é a única opção de isolamento térmico e acústico disponível em uma boa relação entre custo e benefício.

Como pode ser obtido como resíduo ou sobras, o isopor pode ser facilmente reciclado para uso na construção civil, o que reduz ainda mais o seu custo e o torna mais ecológico.

Isopor é inflamável?

Como praticamente todos os materiais de construção orgânicos, a espuma de poliestireno é combustível. No entanto, na prática, seu comportamento de queima depende das condições em que é usado, bem como das propriedades inerentes ao material.

Quando instalados corretamente, os produtos de isopor não apresentam risco de incêndio indevido. Recomenda-se que o poliestireno expandido seja protegido por uma barreira térmica em aplicações específicas, conforme mencionado nos códigos de construção civil existentes. Estes códigos podem ser obtidos facilmente por um responsável técnico, como um técnico em edificações, um engenheiro civil ou um arquiteto.

Isopor e fogo na construção

O isopor precisa de uma barreira para se tornar mais resistente ao fogo e evitar a propagação de incêndios. (Foto: YouTube)

Como ocorre a queima do isopor?

Ao queimar, o poliestireno expandido se comporta como outros hidrocarbonetos, como madeira, papel etc. Se o EPS for exposto a temperaturas acima de 100 ° C, ele começa a amolecer, contrair e finalmente derreter. Se estes podem ou não ser inflamados por uma chama ou faísca depende muito da temperatura, duração da exposição ao calor e ao fluxo de ar ao redor do material, ou seja, a disponibilidade de oxigênio.

Sob certas condições de incêndio, o isopor acenderá quando exposto a uma chama aberta. A temperatura de ignição por transferência é tipicamente 360 ° C.

Embora o isolamento de isopor seja relativamente difícil de inflamar, no caso de ignição, a queima se espalhará rapidamente sobre a superfície exposta do EPS e continuará a queimar até que todo o EPS seja consumido.

Enquanto a baixa densidade da espuma contribui para a facilidade de queima através de uma proporção mais alta de ar (98%) para poliestireno (2%), a massa do material presente é baixa e, portanto, a quantidade de calor liberado também é baixa.

O EPS inflamado produzirá uma fumaça densa que resultará em monóxido de carbono, monostireno, brometo de hidrogênio e outros compostos aromáticos. É importante observar que esses compostos gasosos são emitidos a taxas variáveis, dependendo da temperatura do fogo e são muito menos tóxicos do que muitos materiais de construção “naturais”, incluindo madeira.

Proteja o isopor contra chamas na construção civil para seu uso seguro

Devido a essas características, as espumas usadas na construção requerem uma cobertura como barreira contra incêndio. Um papel de parede de gesso de 1,27 cm de espessura é uma das barreiras contra incêndio mais comuns. Alguns códigos de construção, no entanto, não exigem uma barreira contra incêndio adicional para certos produtos de espuma laminada com face de metal. Consulte o código de construção local, os bombeiros e seguradoras para obter informações específicas sobre o que é permitido em sua área.

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas e iremos responder!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

A mãe de André sempre gostou de fazer reformas na casa que tem em um sítio. André aprendeu com ela, e quando comprou seu apartamento, começou a projetar, reformar, e adaptar diversas coisas que não gostava. Como síndico do prédio, convenceu os moradores a trocar a rede elétrica da década de 70, trocar os extintores por modelos mais seguros, e adaptar as escadas do prédio com corrimões mais seguros. Hoje está com um projeto de um imóvel na zona rural, compartilhando no site 2 Quartos tudo que vai aprendendo sobre reformas, construção, e mercado imobiliário.

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